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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Era uma vez um mall...


Boa Tarde, pessoal.
Vou compartilhar as minhas inspirações para o mall.

Achei interessante esse revestimento vazado para a parte externa.

 Varandas também me pareceram uma boa idéia.

Além dessas duas, há um mall em Porto Alegre bem interessante, que resumi minha ideia, que é criar um ambiente aberto, convidativo e aconchegante.

Centro comercial, Porto Alegre

Ao contrário do que possa sugerir o nome do bairro onde ele se localiza - Tristeza -, o centro comercial Jardins da Praça, implantado na zona sul de Porto Alegre, assume aspecto alegre, ainda que não efusivo. Desenhado por Moacyr Moojen Marques, Sérgio Marques e José Carlos Marques, do escritório Moojen & Marques Arquitetos Associados, o conjunto revela uma arquitetura frugal, cuja simplicidade se mostra em consonância com a atmosfera ainda ligeiramente provinciana do entorno.
O projeto do centro comercial Jardins da Praça proporcionou a Moojen & Marques a oportunidade de retornar a um tema que seus integrantes já haviam trabalhado, ao implantar o centro comercial Nova Olaria, na capital gaúcha, e o Paseo Kolmam, em Capão da Canoa, no litoral do estado. Ambas as intervenções eram cuidadosas na inserção em tecidos urbanos e tiravam partido de edificações existentes - “uma rearquitetura de tipologias referenciais”, nas palavras de Sérgio Marques, um dos sócios do escritório.

Tal como haviam feito no Nova Olaria (que acabara de ser adquirido pela empreendedora do Jardins da Praça), igualmente situado na zona sul da cidade, no atual projeto os arquitetos desenvolveram, primeiro, o estudo de viabilidade urbanística para utilização da área. O bairro, situado nas proximidades do rio Guaíba, é, segundo Marques, constituído predominantemente por habitações unifamiliares de classe média, e a avenida Wenceslau Escobar (onde se situa o centro de compras) vem se consolidando como pólo comercial. Por isso,
 foram cogitadas diversas alternativas de ocupação.
  

No revestimento do piso, foi especificada pedra portuguesa. Para Sérgio Marques, a arquitetura frugal do conjunto respeita a tipologia horizontal, típica da região

O projeto obedeceu a padrões de simplicidade, em busca de racionalidade construtiva e economicidade

A definição pelo centro de compras, que abriu mão de fazer uso do aproveitamento máximo permitido pelo plano diretor municipal, levou à escolha de um partido predominantemente horizontal, com as lojas abrindo-se para a avenida e para o interior do quarteirão, e o estacionamento ao fundo. “O esquema geral, tanto formal como construtivamente, alia-se a padrões de simplicidade, atendendo requerimentos de racionalidade construtiva e economicidade”, observa Marques. Em sua definição, trata-se de uma arquitetura frugal, que acompanha o clima provinciano dos bairros da zona sul.

A atmosfera de balneário fluvial faz com que os moradores ostentem nas imediações roupas e hábitos de praia. “A idéia de lojas na calçada e mall ao ar livre, mesas no pátio e fachadas com varandas tenta interpretar, com arquitetura moderna,
 os modos de vida e os tipos arquitetônicos antecedentes”, explica Marques.

A arquitetura do centro de compras ganhou forma com estrutura de concreto armado in loco e alvenaria de tijolos, rebocados e pintados de branco. Aberturas receberam vidros temperados e poucos caixilhos, solução que valoriza a transparência da rua para o interior. Na praça/pátio, disposta no interior da quadra, as varandas são de concreto aparente. No pavimento superior, que foi preparado para receber sobreloja (a ser executada pelos lojistas), o brise de madeira filtra a luz abundante no bairro horizontalizado e cria o suporte para a comunicação visual. Por fim, para evidenciar a idéia de conjunto, o projeto prevê
 uma grande laje sobreplanando os volumes, que ainda não foi executada.

Para Marques, a escala doméstica, as grandes transparências e o piso de pedra portuguesa
refletem uma arquitetura moderna híbrida pelas referências, pela conexão urbana, pela atenção ao contexto. “Ela tangencia a arquitetura produzida pelos americanos da costa leste, após a Segunda Guerra Mundial, e aproxima-se da vernacular”, analisa o autor.



A arquitetura do centro de compras tangencia a produção dos arquitetos americanos na costa leste após a Segunda Guerra Mundial

O mall ao ar livre é uma solução que os autores haviam aplicado em projetos anteriores

Vista noturna do conjunto em direção da área de estacionamento. A avenida onde se localiza o centro de compras consolidou-se como pólo comercial

Brises de madeira e concreto aparente nas varandas: elementos presentes na arquitetura moderna são referência para o projeto

O brise de madeira filtra a luz solar abundante e também funciona como suporte para a comunicação visual


As aberturas receberam vidros temperados, solução que reduziu o número de caixilhos. No fundo do lote fica o estacionamento



Ao ar livre, a praça interna estimula a permanência




E depois de todas as pesquisas...eis o primeiro croqui do mall.

Muitas mudanças já foram feitas, mas as idéias principais foram mantidas.....aguardem os próximos capítulos. :)




6 comentários:

  1. Gostei da idéia do 'vazado' Dani!!!

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  2. Bem massa a ideia! Mais "clean" do que a maioria que ta no blog.

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  3. Varandas e elementos vazados? Excelente ideia (hahahah), mas eu gostei realmente da maneira como ele relaciona a obra ao entorno, na horizontalidade e nos materiais. Até os hábitos dos moradores têm relação com a arquitetura: o autor menção ao estilo praiano deles se vestirem. E observando de novo as fotos, eu acho que a mescla dos brises de madeira com a pedra portuguesa e as cores bem claras, de fato fazem alusão a uma atmosfera litorânea.

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  4. Gostei demais dessa ideia, o alinhamento seguido pelo piso se funde com a arquitetura, trazendo formas e vistas maravilhosas, nesse projeto de Porto Alegre. Algo muito bem pensado, assim como as varandas e os brises.

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